O cantar da poesia É magia nas palavras Onde a idéia busca a lavra E os menestréis têm guarida. Pensamento cria vida Por uma guitarra inquieta Que entre acordes e arpejos Traduz a intenção do poeta. Nesta união de duas almas, Fecham-se as portas do umbral, Luzes ofuscam preceitos, Adagas contam o mal. Preto no branco estampado, Sim e não em sintonia São pensamentos distintos Que dão cor à melodia. São mais que letras e cifras, Comunhão corda e palavra, Cancha reta em penca justa, Alforria em mente escrava. Guasqueiros que trançam rimas, Magos da arte campeira, Dedos que afagam as cordas, Versos de campo e mangueira.