Um bombeiro não tem razão de viver se não tiver chama pra queimar Um doutor não vai ter razão de viver se não tiver doença pra espalhar Um xerife não tem razão de viver se não tiver bandido pra matar E um louco anda tão livre, ele escolhe sua missão de cada dia Não se importa com cheiro nem com aparência Ele tem anticorpos e não tem doença Onde encontram feiura ele encontra beleza Ele acha trabalho na decadência Se tá calor pra quê vestimenta? Se tá chovendo pra quê chuveiro? Se tá doente, ele faz seu remédio Pra quê farmácia se nasce na terra? As substâncias tão na natureza Sua arte é sua única crença Espaireça na floresta úmida Se o Sol machuca, se esconde em grutas Jangada não passa em águas brutas Aprimore e faça seu navio Recomponha-se em carne, frutas Pra poder pensar sem ter desvio Tire um tempo na colina próxima Que tal expandir um pouquinho? Tragos de algo sagrado Goles de algo sagrado (Se eu tô) Se eu tô na colina E tô chorando enquanto conto grana É porque o redemoinho engoliu outra minha semana São redemoinhos que eu creio pra sugar o que eu imagino Pra onde o lixo vai? (Essa é a grande questão) Nada me atrai, fumei todo o meu verão Eu tô chorando no táxi de luxo É 99 (yeah) Bati num x9 Meu pingente é de cobre (né) Maninho cinco Soltando fumaça Eu sou um mané Maninho cinco vai cobrir a face com boné Já aceitei a salvação, já aceitei a perdição (né) Enxergo com o coração (né) Já peguei o material, abracei a fé Não vou fazer o que eu quiser (yeah) Eu quero expandir com o que eu quiser Vou sumir com o que eu tiver Vou sumir (yeah) Eu vou sumir com o que eu tiver Se eu tô na colina E tô chorando enquanto eu conto grana É porque o redemoinho engoliu outra minha semana