O que seria de nós sem as ruas Sem essas marcas que a vida tatua O beat flui e a mente flutua Onde eu cozinho a comida vem crua Judas não queria mas passa a palavra O que eu te conto não é um conto de fadas Carros e casas estão pagas Jantes são parvas Olha pro Don das palavras Não tiro férias, eu cumpro a missão Fugi da miséria, meu próprio patrão Bicho papão Não vejo caras, só vejo cifrão Ao lado do Tejo com o homem do queijo Pedras polidas, só vejo azulejos Sejam bem-vindos ao vosso cortejo Com ou sem abertura ela fura na mesma Loucura é esperar que a cultura não еntre Pela fissura e abanе a estrutura Criaturas do rap onde o ventre é a mente Empíricamente exibem destreza Simultaneamente recebem inveja Sinal da fraqueza que pesa Olhar pra minha empresa e ver uma mesa de presas A vossa firmeza na merda é cobaia A caixa não embraia, ka bali nada, cima Soraia Vê só a diferença da Laia Sangue do azagaia na veia da Amália O estado é o teu pai, é que paga o teu teto É o motivo do orgulho esforçado do ghetto Tás surdo, tás mudo, sem filhos nem netos E o bairro caiu em absoluto obsoleto Relaxo o esqueleto na piscina infinita A poucos metros do Bangalô Dois tubarões, o jaguar está solto O cavalo alemão tá preso no capô Engrosso o caldo, eu sou pejorativo Indivíduo, pareço um coletivo Três dígitos tipo um indicativo Ou indisponível tipo um saldo cativo Vê só a discrepância no aquecimento O Mufasa na caça amordaça a paçoca Nem a carcaça passa, não és ameaça É só muita arrogância pra pouco talento Aquece e comanda na banda ou na tuga Quitanda não abranda nem no cu de Judas Não é propaganda, é um Deus nos acuda A FS é que manda e tão cedo não muda Eu se fosse tu Não nos cutucava Minha avó já avisava Come mel só quem tem cu Não sou como tu Percorremos a estrada Paulatinamente, irmão Apressado come cru Na via Na via Na via Na via