Entrada do ano novo Dia quinze de janeiro Eu fui assisti uma festa Na casa de um fazendeiro Agrado que me fizeram Até eu fiquei banzeiro Passa gosto e se arregala Quem tem fama de violeiro Naquela festa que eu fui Na chegada do terreiro Distância de pouca praça O pessoar me conheceru Já veio o dono da casa Viera e me arreceberu Dando viva de alegria Rojão prus ar suspenderu Entrei naquele salão Eu e mais meu companheiro Vi tanta feição formosa Moça do olhar morteiro Vestido de seda branca Perfume do estrangeiro Cinturinha de boneca Fita branca no cabelo A moda du cravu chita Foi a que eu cantei primeiro É a moda mai garantida Pra cantar cus violeiro Quiseram me fazê frente Cuitado dos borralhero Pra cantar e inventar moda Seus valor pra mim perdero Óia que moça bonita Dos óio preto ligero Té parece uma morena Que foi meu amor primeru Pra te levar eu não posso Sô um pobre e sem dinheiro Chega bem perto de mim Despeça desse violeiro