O pinhão dá na pinha, a pinha é no pinheiro Arrasta pé dá em Minas, lá em Minas dá mineiro Uê, uai lá em Minas dá mineiro O pinhão dá na pinha e a pinha é no pinheiro Sou violeiro, catireiro e folgazão Cantador de profissão, viajado como o quê Vou em Fandango, danço tango E se tiver um gostoso arrasta pé Eu danço até o amanhecer Estou pensando e matutando sobre a Rosa Uma cabocla formosa, natural de Guaxupé Já fiz meus planos e até o fim do ano Com a Rosa eu junto os panos Vamos ter arrasta pé Eu vou dançar no arraial feijão queimado Eu vou dançar com a Rita do pé avermelhado O Arrasta-Pé de levantar poeira do chão A Ritinha quando dança machuca meu coração O baile é bom no arraial feijão queimado A sanfona tá tocando, Ritinha tá do meu lado Sanfona chora enquanto o sereno cai Ritinha vamos se embora pro lado que o vento vai Meu coração tá pisado Como a flor que murcha e cai Pisado pelo desprezo Do amor quando se vai Deixando a triste lembrança Adeus para nunca mais Moreninha linda do meu bem querer É triste a saudade longe de você O amor nasce sozinho Não é preciso plantar A paixão nasce no peito Falsidade no olhar Você nasceu para outro Eu nasci pra te amar Eu tenho meu canarinho Que canta quando me vê Eu canto por ter tristeza Canário por padecer De saudade da floresta E eu saudades de você