Vi tempos que custaram a passar Solitários sedentos por amar Ouvi o seu nome usado em vão A paz a machucar o coração Vi dias em que o céu escureceu Pesadelos ofuscando sonhos teus Vi mentiras que custaram a passar A inocência usada para o mal Assassinos com presente no natal Vi a fome estampada no jornal Decretando a falência nacional Vi dores que custaram a passar Matamos com a mais nova coleção Infelizes com as notícias do pregão Um o rosto calejado pelo não De um beijo em meio ao agito da estação Vi padres e pastores sobre as leis Prometendo-nos que são os novos reis Vi guerras que custaram a passar