Não é que eu não queira casar ou dar um neto mãe É que as pessoas com quem sempre me relaciono só sabem me brincar Brincar com os meus sentimentos E dentro do meu coração deixando grandes ferimentos Não é que eu não queira casar mãe É que eu sou um daqueles que nunca dá certo no amor E que sempre que me relaciono acabam me decepcionando Causando uma grande dor Já tentei ser como o artista brasileiro o Nilo Comer a maçã uma vez e nunca mais precisar vocês sabem do que eu me refiro Só que infelizmente pela fragilidade do meu coração Me apaixonei por quem nem devia ter passado nas minhas mãos Me apaixonei por quem não sentia Ofereci amor, ela só me iludia Sorrisos doces, palavras bem ditas Mas por dentro, eram só promessas fictas Ela me olhava com olhos de Lua Mas seu coração, não era mais meu, era rua Brincava comigo como quem nada sente E eu, cego de amor, amava inocente Tornei-me refém de um carinho emprestado De um amor vazio, mal-intencionado Ela dizia: Eu te amo com voz de certeza Mas por trás havia só frieza e esperteza Será que era amor, ou pura vaidade? Ou um teatro montado com falsidade? Será que ela me via como abrigo Ou só como um tolo, perdido e amigo? O meu peito sangra por dentro calado Por confiar demais em um ser disfarçado Eu quis ser o porto, ela foi tempestade Destruindo meus sonhos com crueldade Será que ela ri da minha dor em segredo? Será que me vê como um jogo sem medo? Talvez meu erro foi amar sem medida Dar tudo de mim pra quem nem deu saída O amor fingido é veneno que invade Corrói a alma, sem piedade A dúvida me quebra, a noite me engole E o coração pergunta: Por que ainda dói? Mas hoje entendo, amor sem entrega É só sofrimento que a alma carrega Quem ama de verdade não joga, não mente Ama com o peito, com alma e com mente Eu fui o perdedor, mas ganhei clareza De que amor de mentira só traz tristeza E se um dia ela sentir o que eu senti Vai lembrar do amor, que desperdiçou em mim