Reflete no espelho o dom que Deus me deu A luz da inspiração, a poesia venceu Milênio é o poder da criação Minha vida se revela nos acordes da canção Ouvi lá do alto do morro Um canto forro encontrando um violão Sim, foi na roda de bamba que o samba abrigou Um menino que abraça o dom de compor E a madrugada foi inspiração Poeta sim! Não tem mordaça que me diga não Fiz das raízes do país, canção Abrindo livros desse meu Brasil O dia em que o morro descer E o povo vencer será poesia O dia em que o morro vencer Será carnaval e rebeldia Zum zum zum quero ver firmar o seu berimbau Ee eu for morrer que seja em terras da Bahia Zum zum zum zum quero ver o capoeira jogar D'Angola, ê camará Ê camará! Ôôôôôô Ninguém ouviu a prece em seus grilhões Se um verso era rasgado, outro nascia E a censura sucumbia as canções Quando o cantar da Sabiá Se calou em todo altar e a dor me consumia Meu coração encontrou novo lugar Feito a letra quando abraça a melodia A música me deu parceiros e enredos pra contar É uma reza em procissão a desfilar E ajuda o mundo a falar de amor Se hoje eu sei, força nenhuma é capaz de explicar Nasce da alma do compositor Ninguém faz samba se não for pra emocionar Lalalaiá Laiá