Onde o bar é um templo e o templo é um bar O medo é mais difícil de tratar Sentidos aguçados na escuridão Feridas sem embolso, todos deitados no chão Mental combate Nós intimidados somos as ruas que choraram Na maior favela do Brasil Onde o soro caseiro é um abraço de mãe Pro coração não se tornar um gueto em formação Mental combate Atravessamos a carniça das idéias Onde os urubus nos querem Com o estandarte de nossa sensibilidade Pra mostrar nossa outra escola De outra mocidade e de outra estação primeira Bem diferente das rosas que falam demais E dizem que rezam demais no meio de uma paz armada Que de hoje pra depois sangrará até os cartões postais