[Enredo: Rubem Confete, o Griô do América, do Samba e da Paixão] (Eu nasci) Na Rua Dona Clara, em Madureira Eu sou filho de Jorge com Antonieta Dancei no Clube São Cristovão Imperial Meu nome é enfeitado pelo carnaval Das águas infinitas da Portela Vi surgir o Cisne da Passarela Meu primo, Aniceto, me levou pra conhecer O grande Império Serrano Que tantas vezes vi vencer Desci do trem na Estação primeira Virei passista e Dom Obá da Mangueira Risquei o chão no Salgueiro e no Bola Preta Na escola de Candeia: Quilombo! Arte Negra! Pela leitura, uma história de amor Meus ancestrais, sinto no alvorecer Atotô ObaluaÊ! No Cais do Valongo, o chão vai tremer Dá Rádio Nacional ao carnaval da televisão Eu fiz amigos que viraram baluartes Cada um com sua arte Na arquibancada, a mesma emoção Hei de torcer! Torcer! Torcer! Se a bola rola no gramado, vibro com você! Muito me honra, cantar a vida em poesia Pelos caminhos alvirrubros da Deixa falar O samba é paixão A luz que me guia e reflete Pro meu América brilhar na avenida Sou o griô Rubem Confete