Eu ia ao festival de iacanga Porem não era nascido lá Ainda Eu aqui comendo banana na porteira Não sabia ainda o que ia Nem o que virá Na minha cama, na canga, na boca do rio Onde se ria Queria ter vindo num outro domingo Do ano que se inicia Não ria Era dente com dente Gente moída, mordida Havia Tanta gente, gente inocente Não devia porque não devia desviar Por que será? Tropeçava na pressa, de um lado pro outro corria Onde quer chegar? Pra que inventar de querer encontrar Um ano que não existia? Sorria Esse saudosismo que eu tinha Desse tempo que vinha, mas não ia voltar Até porque pra voltar teria Que ter ido ou, ao menos, estado por lá Por aqui Nasci mas às vezes eu sinto que me perdi Caso me encontrar Por aí Saiba que vou voltar Qualquer dia há de ver Qualquer dia hei de vir