Abac Vinho fecha a porta E com sua mente curiosa Se pôs a janela pra olhar Enquanto observava a rua Sua outra mente obscura Falava algo em seu olhar Posso sair dessa casa E matar aquele cara Que me irrita do primeiro andar Largar tudo em seu apartamento Trancar a porta do quarto E jogar a chave na sala de estar Que mal fará? Abac Vinho se segura Mas a vontade tortura Sussurra baixo, mas é difícil ignorar Num gesto quase sem querer Sua mão vai se estender Pra maçaneta que começa a girar Ninguém vai perceber falta Diz a voz que não se cala Só mais um grito e tudo vai cessar Mas do vidro vem um reflexo Do seu olhar em protesto Que implora: Não me deixa me apagar Quem vai ganhar?