Saber ficar sem fazer nada É um talento necessário Não digo ir nessa indiferença Mas paz tranquila de quem sabe Que o pensamento é um território Tão dusputado como ouro Que alguns invadem com mentiras Outros dividem com esperança De ver nascer no horizonte Que é o sonho das paisagens A paz tranquila de quem sabe Sabe da paz inevitável E não da paz que faz afagos Da paz que apaga o gosto amargo Mas paz que junta toda gente Da paz plural e diferente Desejos são encruzilhadas E os medos são uma cilada Quem vive só por vaidade Sabe bem pouco ou quase nada Se embriagar de nostalgia É a raiz do desengano Insano é quem sempre se atira Em águas paradas do passado Tantando requintar vontades Que já não estao aqui agora Lá fora a tantas novidades Explodem no calor da hora E a paz que explode é uma delícia Que ginga, cruza e rodopia Feito a genética constante Da paz que sabe ser gigante Saber cantar é uma jornada Pra longe da cruz e da espada A gente segue resistente E firma um ponto no presente