A fumaça da noite campeira Que corre nos campos ao som de uma vanera São as brasas de um fogo de chão Que propagam a chama de quem tem bandeira Ouço toque da gaita Fandangueira Um violão bem batido, num tranco de vanera ‘A peonada num trago de canha E outros dançando com a prenda na manha (São assim os fandangos no sul Num compasso pra lá e pra cá É herança dor nosso passado Que vai do rio grande até o Paraná) São desse jeito as noites no sul No embalo de uma vaneira riscando o soalho de espora Só pra ver um gemido de gaita e sorriso no rosto da prenda faceira Me acolhero e vou nesse tranco no balanço do fole vou a noite enteira 'Ronca uma gaita balança o candeeiro clareando o dia gaita fandangueira São assim os fandangos no sul Num compasso pra lá e pra cá É herança dor nosso passado Que vai do rio grande até o Paraná