Nos subúrbios do Rio de Janeiro Escravos libertos Com sangue zombeteiro Brotavam na rua para zoar Vestimenta de clóvis Apito e arruaça Roupa colorida com cheiro de chiclete Macacão, colete, peruca e meião Máscara na fuça, revolução Bola de plástico batendo no chão Êra! Êra! Êra! Bate-bola! Bate o pé! Palhaço podre De Lúcifer Meia noite vão sair Com os killing por aí Assombrando, perambulando Barbarizando e rodopiando É melhor geral se ligar Porque aquele bonde pode surgir Vem o bonde do gorila que chega pesado Esse bonde é sinistro, esse bonde é bolado Tem gorila de ráfia, gorila de pelo gorila de saco Tu olha de longe e essa tua marra já vai pro buraco Se ficar na moral não tem colisão Se passar dichavado não tem confusão Se ficar na moral não tem colisão Se passar dichavado não tem confusão Escolheu apitar e bater de frente Vai ter que pular nessa chapa quente Tomar um apavoro com disposição Teu desespero é nossa diversão Vai passar o carnaval no colo do cão Fantasmas brasileiros Kiumbas traiçoeiros Sentimento obsessor Mensageiros do pavor Êra! Êra! Êra! Bate-bola! Bate o pé! Palhaço podre De Lúcifer Meia noite vão sair Com os killing por aí Ô, bate-bola Bate, arranca, esfola