No teu peito a fenda abriu um calor Rompeu no teu ventre com fúria e ambição Fez de ti, terra-mãe um campo de prisão, de escravidão, concentração O dourado perdeu a beleza da cor Teu brilho verteu-se em joias de sangue Nas vitrines do mundo expõe a dor E a extinção da vida de todos nós De todos nós, de todos nós O que será de todos nós? O que será de todos nós? Draga pousa sobre o rio Linfa o barro sem parar Mata a sede e ade mata Yanomami clama, chora mercúrio Desabará A cratera se agiganta Suga a vida sem temer Pela boca o alimento É veneno fatal, metal Que dor! Nada no mundo terá sentido Se a humanidade não compreender O valor dessa vida Em cada história Se não prosperar pra harmonizar A natureza é uma deusa divina Na felicidade pariu cada ser O futuro virá, dirá o que será de todos nós, de todos nós De todos nós De todos nós O que será de todos nós? O que será de todos nós? Preservando a floresta É direito de viver A razão que nos conduz à luz da fé As cores do amor Que trazem paz e união Valorizando cada ser Consciência e saber Amazônia é essência De um povo guerreiro Que luta pra sobreviver Yanomami viverá Yanomami viverá Toda nação te exaltará Todas as vidas resgatar