Que um dia o Deus da crença desses homens maus Perdoe o genocídio feito a fogo e cruz Regaram esse solo com o sangue dos meus O caos é a matança em nome de Deus Eu, ainda curumim, sem nada entender Levado a força dos braços de minha mãe A dor é o pavor, o kariwa invasor É isso que propaga o seu Deus de amor? Ô, ô, ô, ô, ô Erguemos nossos punhos, lutamos pela terra Os rios e a floresta, sou dono desse chão Não vamos sucumbir, a ordem é resistir Marchamos de mãos dadas, temei nossa união Por curumins e cunhantãs iremos resistir O garantido é a bandeira do povo a lutar É a memória e a história que não vai morrer É a essência dos meus ancestrais Ô, ê, hei, hei, há, hei, ô, é, hei, hei Garantido é a vontade de um povo que clama por paz Ô, é, hei, hei, há, hei, ô, ê, hei, hei Por justiça, liberdade grito: Escravidão nunca mais!