A correr vão os rios Espalhados no mundo Que dividem os homens Pois são longos, profundos De uma margem a outra nos olhamos Mas, não nos conhecendo, neste olhar Existe só desconfiança Por que não construímos pontes sobre os rios? Por que não construímos pontes sobre os rios? Por que não construímos pontes? Assim nos encontramos Por que não construímos pontes? São os rios barreiras Entre adultos e jovens Sobre margens opostas Seguem ricos e pobres O povo negro bem distante avista Seu irmão branco longe Na outra margem