Nas ruas, em noites de carnaval Nossa alegria é tanta Que nos sentimos bebês no berço Envoltos de tudo Nossa vida é tanta Que trocamos o pão pela pele E esquecemos de matar a fome E depois Ficamos doentes Ficamos doentes Ficamos doentes Arrependidos e à procura de pão! Nos palcos, nos campos, nas camas Nosso medo é tanto Que nos sentimos crianças Em volta de um erro Nossa vida é tanta Que damos o pão pela perfeição Mas esquecemos de matar a fome E então O corpo adoece Então a vida adoece Então o peito E vem a vertigem e o furacão! Em longas noites solitárias Nossa tristeza é tanta Que parecemos apaixonados Em volta da incerteza Nossa vida é tanta Que trocamos o pão pelas lágrimas E esquecemos de matar a fome Que não tem fim E só nos resta pedir todo dia O pão que o diabo amassou Pra entender o mundo Pra entender o mundo Pra entender o mundo Pra entender o mundo Pra entender o mundo Pra entender o mundo Pra entender o mundo Pra entender o mundo Pra entender o mundo Pra entender o mundo Pra entender o mundo Pra entender o mundo Pra entender o mundo Pra entender o mundo