Quero distância Da palavra agouro, de tudo que não cora De quem não olha a luminescência A música do mouro A terra e a paciência que arvora Quero de tudo Riso e choro; chumbo e ouro Da paixão que não tem hora Ora! Eu não quero muito mais Que o modo da candura Quero a palavra paz A verdade numa jura Quero saber da condição Que amor precisa pra durar Quero saber que coração Que amor precisará Quero uma tarde em Sevilha Trilhar a calma nos Andes Respirar um ponto de partilha Nos fundamentos de Gandhi Um filamento de Deus Quero a nobreza do Banto Enquanto batem meu tambor De afugentar a fúria Longe com essa dor Quero saber da cura Procurar ver o que sou Quero apurar Como apura toré Por tudo que é de vicejar Eito a consciência no Tibet Feito quem quer que seja Um filamento de Deus