As noites revelam Às vezes escondem O sorriso estampado na escuridão Que se alastra arredio Por cantos e becos da cidade turva Quando ele surge a trautear Com sua voz tão soturna Deixando a negra noite eternizar O canto que se esvai O canto que se esvai As noites revelam Às vezes escondem As lágrimas fluidas dessa solidão Que escorrem nos vincos do estranho poeta De hábitos mórbidos Que matam tristezas da noite Com seu estilo fugaz De inocular no meio Da escuridão o tom Da escuridão o tom Da escuridão o tom