O Zé Miúdo, um caboclo bem medonho Num dia de Santo Antônio inventou de se casar Dançando um coco, chamou Zefa pro roçado Côfo, macete e machado e muito coco pra quebrar Num é que Zefa desse coco fez trocado E com Zé fez um bom bocado de menino pra criar E em homenagem a Domitila de Duzinho Em tudo que foi menino, botou D pra começar E o que é que deu Deu Damiana, Deuzanira, Divinéia Deu Dolores, Dorotéia, Dulcinéia e Damião Deu Dejanira, Dinoráh e Doralino Duro é ter muito menino pra pouca apelidação Deu Damiana, Deuzanira, Divinéia Deu Dolores, Dorotéia, Dulcinéia e Damião Deu Dejanira, Dinorah e Doralino Duro é ter muito menino pra pouca apelidação De manhãzinha que é sina de todo dia A família toda ia coco babaçu catar E é um tal de catar coco, cortar palha Fazer cofo pra cangalha pra jumento carregar E era cofo amarrado com embira Farinha d’água e tiquira e juçara pro jantar Só que na hora de chamar pra quebrar coco O Zé Miúdo achando pouco, se danava a apelidar E o que é que deu É de Dada, é de Dedé, é de Didi É o cofo com coco dentro, é um pra mim, outro pra ti É de Dodó, é de Dodô, é de Dudu Menino que é tanto coco é um pra eu outro pra tu É de Dada, é de Dedé, é de Didi É o cofo com coco dentro, é um pra mim, outro pra ti É de Dodó, é de Dodô, é de Dudu Menino que é tanto coco é um pra eu outro pra tu É cofo, moço, com coco dentro Só pra São Paulo já mandei mais de trezentos Eu disse É cofo, moço, com coco dentro E se não der pra quebrar tudo eu me arrebento Eu disse É cofo, moço, com coco dentro Só tenho medo é da barriga de vento Eu disse É cofo, moço, com coco dentro E para os calos da tua mãe eu passo unguento Eu disse É cofo, moço, com coco dentro Se duvidar, até a Zefa eu boto dentro Eu disse É cofo, moço, com coco dentro Daqui a pouco tem peixada com coentro Eu disse É cofo, moço, com coco dentro E mais um tanto de pancada eu nao aguento