Na ordenação das águas Me exponho, me exponho Qual Narciso a se mirar E se amar à exaustão (do amor) Miro-me no espelho Esculpido à tua imagem Nas turvas águas Nossa ordenação Ah, este rio encravado em meu peito, meu peito, meu peito Ah, este rio vazando em meus olhos A desaguar no cais Das nossas esperas Qual palavra haverá de enganar Enganar o tempo? Que palavra tua não se perderá? Se perderá no tempo Quais palavras vãs haveremos de cantar? De cantar De cantar Ah, este rio encravado em meu peito Meu peito, meu peito Ah, este rio vazando em meus olhos A desaguar no cais Das nossas esperas