O que vale uma flor na voz de um cantor Valeu a história O que vale uma dor no peito de um herói Valeu a glória De heróis e bandos de incompreendidos Fez-se grande luta, peleja, desdita A sangue derramado dos que tombam cedo Nessa luta onde o medo se faz canção Na viuvez o pranto no peito de quem ficou Chorou a espera E que vive da terra feito plantação Ao chão se aferra E a mãe negra canta, aos mortos canta E os órfãos dançam À liberdade cantam E os órfãos dançam À vida, aos dons, aos santos Que protegem quem vai, quem fica E esperam o dia da vitória Que vai chegar E até lá serão mais sete guerras a se travar Pois a espada é viva nas mãos do guerreiro Braço, punho, peito feito a ferro e fé Quando o cantor não cala Lutador não tomba Enquanto um não cala Outro faz quizomba Enquanto um não morre Outro canta, canta, canta