Ao longe, nos vales perdidos Há uma cratera, um fosso, uma fenda Que abre no meio da terra O grito da terra se ouve ecoar Vejo na Iara que encanta No azul do seu canto, na voz que seduz O pensamento da terra Que chora a guerra do seu invasor Cidades se erguem em fumaça O céu se embaça em nuvens de pó Milhões se interligam em um mundo Quimérico mundo de um povo tão só Há brigas, conflitos sangrentos Vilões violentos cultivam a dor São lutas travadas a esmo O ódio é o mesmo que chamam de amor É preciso deixar Que as árvores dancem suas folhas em paz É preciso deixar Que os ventos balancem suas folhas à paz