Pedra de Cantaria Se eu pudesse alcantararia Ao som dos tambores Em São Luis, Maranhão Dia de festança, dança, o teu povo todo dança Tuas negras dançam, trançam pés, batem mãos Paralelepípedos, desenham teu epíteto Terra de casarões de ontem Ah, se o tempo, desse um tempo Eu lapidaria ao vento Sem nenhuma pressa, um poema-canção Sobre as pedras de cantaria Há sangue de gente, uma história De suor de lida e de festa Que teus filhos hoje celebram Sobre as pedras de cantaria Lusas, africanas e nossa Pedra de cantaria, se eu pudesse Nas entranhas dos teus sobrados Mordomos régios, se revezam Num reinado de (con)tradições Se no teu tambor, tem crioula No teu pelourinha uma prece E no andor o Divino em celebração Minha pedra de cantaria Se eu pudesse eu festejaria Com teus filhos, filhos de Deus Como minha sina é saudade Sigo murmurando esses versos Pra não me afastar de você