Terra que Tupã abençoou Trovejou, molhou e aterra Como gotas de orvalho Nasce um povo originário, abençoado esse chão É sagrada natureza, deusa de rara beleza Onde o amor se fez reinar Choro a herança de uma dor Quando o branco aportou matizando o meu lugar Resistência então nasceu Esperança floresceu, negro é força é raiz É o grão de mão em mão É a luta desse chão, o suor do meu país Oh! Meu pai olhai por nós Livrai dos olhos da cobiça Tanta injustiça dessa gente tão ruim Te peço em oração, um pedacinho só pra mim Ah! O som da passarada anuncia O girassol no tom da poesia Há vida protegendo o esplendor A fé que alimenta, fortalece Arar, plantar, colher é minha prece Deus ajuda a quem merece Bendita colheita se fez comunhão Fartura na mesa de cada irmão Vem festejar, ser feliz Na escola da emoção Chora viola, lenha na fogueira Meu tatuapé levanta poeira Tem arrasta pé no meu arraiá Só vou embora quando o galo cantar