Nasci olhando o mar, no vento da Joaquina Entre as ondas e a brisa, encontrei minha rotina Enquanto o Sol se deita e o céu começa a brilhar Eu tô na beira da praia, sem pressa pra voltar O relógio grita, mas eu finjo que não escuto Trabalho é só palavra, o surf é o meu assunto O mundo gira, e eu fico ali, no balanço do mar Entre o céu e a espuma, eu aprendo a me encontrar Me chamam de louco, de eterno veranista Mas eu só quero o sal e a vida de artista Sou o surfista de Floripa, filho do vento e da maré Não sei o que é segunda-feira, só sei onde a onda é Deixo o tempo pra quem corre, deixo o terno pra quem quer Enquanto isso eu flutuo, livre no meu axé Pai deixou herança, mas o Sol é meu tesouro Meu escritório é a areia, meu terno é o pôr do ouro Enquanto a cidade corre, eu deixo o corpo soltar Na batida do reggae, eu aprendo a respirar O som do mar me chama, me ensina a direção A vida é curta, então, irmão, vem sentir o chão Não é preguiça, é sabedoria Quem tem o mar tem poesia Sou o surfista de Floripa, filho do vento e da maré Não sei o que é segunda-feira, só sei onde a onda é Deixo o tempo pra quem corre, deixo o terno pra quem quer Enquanto isso eu flutuo, livre no meu axé