Ai de quem quer negar Esse mar de veneno Mil vezes maldito Na inconsciência das vidas à margem Há de ser Minha cantora esquecida das noites brasileiras Te amo Compositora esmagada dessa barras brasileiras Te amo Minha heroína doente do peito Minha menina da luta Minha morena catita Ah! Minha preta Furando cartão, cantando nos becos Tossindo nos cantos O lenço na boca, o sangue A mão na garganta A perna já bamba A força não tanta A vida tão tonta Eis Odaléia em busca de um sonho dourado Vai Odaléia, delírio de um dia Léia, retrato guardado em meu quarto Minha Dalva, minha estrela guia Na fome de amor Na voz estancada No ouro da lama Nos mil desenganos Saiba, Odaléia pequena Te ouço Te vivo Te amo