Debaixo do viaduto Canto escuro, passo bruto Lágrima em cada passada Desencontro conhecido Um beco quase esquecido Agonia empesteada Um caminho estreito Me encolhe o peito Um amor desfeito Rotatória de ideias Um aperto na traqueia Engolir a solidão Um silêncio na sarjeta A cidade branca e preta Urbaniza o coração Avenida inteira Vida de ladeira Vira a sinaleira Cimentando a fantasia Sob angústia e nostalgia Dá-se um jeito de levar Só me resta o passo reto Se na selva de concreto Não se pode mais sambar Sobe o elevado O certo e o errado Salvo e censurado