Kianda! Mwana ya sanza! Livres feito o vento da costa africana Odara, meu berço é ilê de preto Quilombo, resistência, gueto Orgulho ancestral Clamor de liberdade nas savanas Em meio à tambores, canto e dança A noite sombria roubou toda a paz E a escravidão deixou de herança Ô ô ô ô ô, ô ô ô ô, ô ô ô ô Segue o tumbeiro Segue o tumbeiro no mar Vida não é cativeiro, cativeiro não é lar Não me fale de corrente, nem tampouco travessia Eu só sei que gente é gente e não é mercadoria Chegaram e plantaram nesse chão Imensidão de cultura e memória Saberes e sabores de candura Bravura que ficou na história Baixam nos terreiros de umbanda Pra vencer demanda com a luz de Oxalá Às pretas velhas, mães de todo estaciano Um batuque africano e uma vela no gongá Vovó Cambinda, chama Vó Maria Conga Vovó Cambinda, chama Vó Maria Conga A Estácio tem mandinga, a Estácio tem mironga Traz o coité, o cachimbo e o patuá Adorê às almas, mizifio, saravá!