Silêncio! Nesta noite de Efé Incorporo meu axé No Itã da criação Ao sagrado feminino Ofereço meu destino Num ritual de devoção É grandioso o poder das Yamis Um oriki é acalanto às Yabás Ê Kalunga, Okan mergulhou, saudade! Consagro meu ori às ancestrais Odociá! Yemanjá Odò! A mãe de todas tem a nossa cor Oromimá, Oraieieô, Oraieieô Oxum Deusa do ouro, um tesouro do Orun! Cada preta que passa por mim Refaz o caminho de tantas Iyás Faz levante, coletivo, irmandade Ostenta o guelé por igualdade Resiste na pele do tambor, encara o opressor Guerreira, guardiã: Vem ser mais uma, mulher A voz que espalha o bem Ninguém solta a mão de ninguém Na caminhada por um novo amanhã! Quero ver, Casa-Grande vai tremer No meu Quilombo é noite de Xirê! A Mooca faz revolução É Guèledés: A libertação!