Pega no Samba é a voz do morro Mais um cria de favela, eu boto fé Orgulho sem fim, é energia Do som de preto da locomotiva (É som de preto, locomotiva!) Eu sou aquele que desce a favela Entre becos e vielas construindo a minha história Forjado na herança do tambor A carne mais barata Sou a resistência da minha cor Oh mãe, olhai por nós, me pega pela mão e guia Contra os olhares maldosos que vem do asfalto e a mim discriminam Oh mãe, sob a sua oração Armas de fogo e lanças meu corpo não alcançaram Bate no couro e dobra o rum, batuqueiro Na patente de Ogum, firmo a minha fé Dizia o mestre, tem que correr atrás Perseverar, desistir jamais Subi ladeira nas carreiras Buscando um mundo que nem sempre me enxergou Correr, brincar, curtir, vibrar, sambar Do rap ao funk estilo exportar É sinal verde, começa o show Não sei se irei suportar Nessa avenida eu sou o rei e tenho voz É dessa vez eu vou gritar é campeão Não tenta não playboy Tudo que nóis tem, é nóis!