Se a mágoa me deixa de alma vencida Eu compro um vestido e um homem pra amar Sou daquelas mulheres que sabem da vida Conhecem a praia e não morrem no mar Sou daquelas que as outras preferem negar Negando a si mesmo a vontade de ser Nas festas me imploram histórias da vida E me desacatam com medo de mim E roubam meus homens, meus ais, meu decoro Sonhando ser delas a arte final E roubam de mim minhas taças, meus louros Querendo ser donas do meu arsenal Se cobrem na vergonha quando ouvem dizer Que eu durmo sincera num quarto de hotel Não faço o papel da mulher ofendida Que aplica a sentença dormindo com o réu