A esperança é mais um corpo Nesse campo de batalha Sob o sangue de tantas guerras Que, coagulado, é mortalha Nuvens de ódio e pólvora Tragédias de toda sorte O suor serve ao massacre Concretiza a pulsão de morte Entre o orgulho e a violência Em cada lápide um fausto O novo dia que se anuncia É uma chance ao Holocausto O mar de sangue não expia os pecados E tem fonte inesgotável A terra cobra mais e mais Tanto tempo e insaciável Quantos mortos levo em meus ombros? Quanta dor trago entre os escombros Do que me tornei? Não conheço a paz e sigo aflito Entre as sombras de mais um conflito