Numa bailanta campeira Onde a indiada se asssanha Flor da gaita se abre com o perfume da campanha Numa vaneira cuiuda conforme o vento se expande Levando pra todo lado a gauchada do rio grande Masca o freio mulheril Quando a cordeona ronca Meia fina e meia grossa Surge em cada costado Um violão e um pandeiro Iniciando o fandango no velho estilo campeiro Olha bem como é que é muié Muié Um arrasta pé pra um vaneirão que é bão Bão Arrodeia e gineteia e levanta a poeira do chão Eu te agarro, tu me agarra É bem assim que se faz Bate o pé, chaquia as ancas e atira a caixa pra trás Juntemo beiço com beiço e ninguém nos separa mais A gaita retrecha e bufa O pandeiro é um tuque-tuque E o povo redemuinhando que nem sessão de batuque Até o conjunto se asssanha no meio da polvadeira Um violão Véio zunindo que nem mosca varejeira E por mais de meia légua se escuta um arrasta pé O alarido dos machos ea risada das muié O gaiteiro bate o pé no compasso fandangueiro Eo entra-sai parece que este rancho é um formigueiro Um paisano meio gordo Larga um Sapucaí carancho De estremecer o lampião e estufa a quincha do rancho Um gaúcho e um correntino levanta pó na fronteira E saiem entreverados caloqueando uma vaneira Quando ronca uma cordeona Parece que o vento fala A indiada veiaqueia se acrocando pela sala Arrasta os bancos pra fora no compasso da vaneira E eu fico tonto dançando com o perfume da morena