Sou marca, sinal e tarca, da pampa continentina Sou vaqueano, sou monarca, leva a cabresto essa sina Sou orgulho de uma raça, no garão do meu país Me basta pra ser feliz, viver na pampa sulina Campeiraço sim senhor, a lida não me dá trégua Fronteiriço aragano, percorro légua por légua Sou fiel em tudo o que faço, neste meu serviço bruto Domando cavalo xucro, e turuno a peito de égua Quando nasce um Gaúcho, a pampa vem de regalo Simplicidade sem luxo, garganta timbre de galo Se o maula esconder um toso, destribado gineteio Debaixo dos meu areios, eu não respeito cavalo Sou do Sul do continente, da xucra raça baguala Não sou de muita prosa, tão pouco de fazer sala É só olhar o meu jeito, o meu canto e o meu xucrismo Estampado camperismo, e o sotaque da minha fala Pra ser campeiro é preciso, gostar do cheiro do pasto Cortar um bagual na pua, e não desgrudar do basto Trazer um pingo amilhado, fazer esbarrar no freio Num pelado de rodeio, pealar de todo o laço Quando nasce um Gaúcho, a pampa vem de regalo Simplicidade sem luxo, garganta timbre de galo Se o maula esconder um toso, destribado gineteio Debaixo dos meu areios, eu não respeito cavalo