Uma noite leve e calma Debaixo de um arvoredo Choraminga a gaita velha Sobre os dedos de um gaiteiro Apeio do meu cavalo Puxo ele pro galpão Da guampa tomo uma canha E golpeio meu violão O gaiteiro pede um verso Pra um gaúcho teatino Que no braço tem a lida E o canto como destino Um pandeiro velho surrado Pede cancha bem faceiro E o patrão largando um grito Que tá formado o entrevero A carne pinga na brasa O povo já vai chegando Dele gaita seu gaiteiro Que tá formado o fandango É assim a nossa vida Vida de muito valor Um fandango macanudo É um fandango de interior Junto ao homem do campo Mantemos a tradição Faz parte da nossa história Esta vida de peão Faz parte da nossa história Esta vida de peão Era bem de madrugada O Sol já quase apontando Um ginete em seu cavalo Sai num jeito corcoveando Me lembro meu velho pai Um domador afamado Que foi criado na lida No lombo dos aporreados Quando se finda o fandango Partimos pra outra lida Se vamos la pra mangueira É assim a nossa vida É essa vida de campo Que amo de coração Cavalo, gaita e fandango Churrasco e bom chimarrão A carne pinga na brasa O povo já vai chegando Dele gaita seu gaiteiro Que tá formado o fandango É assim a nossa vida Vida de muito valor Um fandango macanudo É um fandango de interior Junto ao homem do campo Mantemos a tradição Faz parte da nossa história Esta vida de peão Faz parte da nossa história Esta vida de peão É assim a nossa vida Vida de muito valor Um fandango macanudo É um fandango de interior Junto ao homem do campo Mantemos a tradição Faz parte da nossa história Esta vida de peão Faz parte da nossa história Esta vida de peão