Não adianta companheiro Atorar teu parelheiro Sem ter a carreira atada Por bolada ou por dinheiro Não adianta armar o laço Sem ver o que tem primeiro As vez com uma benzedura Já se cura algum terneiro Não requer nascer sabendo Para se tornar campeiro Mas ter sensibilidade Para calcular o tempo Não te anseia! Que a gente morre E o serviço fica Aqui nessa peleia De juntar o gado Com o tempo armado Pra tormenta feia Se não der agora O tempo melhora E a gente faz depois Não te anseia! Que a gente morre E o serviço fica Aqui nessa peleia E não justifica Tanta correria Pela vida inteira Só na calmaria É que se pode olhar Para o que vem depois Não te apura companheiro Só pra tu chegar primeiro Estafando o teu cavalo Na saída do potreiro Levo a vida despacito Sem esparramar rodeio Mas se a “cosa” vem por cima Sigo firme sem enleio Nesse toque de campanha O campo é quem bota o freio Enfrenando o dia a dia De quem vive nos arreios