Não adianta dizer Pra deixar de beber Só por me ver assim Lastimado a saber Que ao menos no fundo de tudo É o prazer que me resta Pra poder viver! Essa canha que apanha No rigor da campanha Uns quantos que os prantos Escondem na entranha É sintoma de tanto problema Que nem sei dizer Não é fácil viver são Quando tudo é ilusão Quando vejo a vida em vão Agarrado na razão! Canta! Puída garganta! Curando as feridas Que vão diluídas Por um trago ou mais Ai essa dor não sai Se eu te disser no minto A vida é um labirinto E sei pra onde vai! Cai a tarde, solidão Eu e tu na escuridão Quando vejo tô sem chão Agarrado ao coração! Canta! Puída garganta! Mostrando a ferida Por trás da bebida Que não sara mais Ah já não satisfaz Mas é o melhor amigo Pra prosear comigo Que procuro a paz!