Levantei cedo pra tomar meu mate amargo Lembrei do pago das coisas que eu fazia Lidar com o gado logo após o chimarrão Lida campeira de todo o dia Das gineteadas no lombo de algum ventana Das carreiradas que não esqueço jamais Toque de gaita num fandango e domingueira São coisas boas ficaram pra traz Hoje só resta esta saudade dos tempos de outrora Lembrando do passado a minha alma canta e chora Quanta saudade quando lembro do bragado Pingo ensinado parceiro de toda lida Do cusco baio campeiro sempre latindo Até em sonhos fico ouvindo Hoje vivendo as duras penas da saudade E a longa idade já me impede de voltar Àquele tempo e àquele lugar meu Que me orgulha e que me faz remoçar