Um rancho de pau a pique Coberto de santa fé E um gaiteiro correntino desmamando um chamamé Chinocas de pêlo fino, garruchas boca de tacho, cachaça com mel de abelha bochincho de índio macho De vez em quando um baleado, num sapateado prendia um grito Eo tinido das esporas, parece vir do infinito O latido de um guaipeca na cerca cuidando do meu cavalo Se entrevera na cordiona e a goela aberta de um galo Lá pelas tantas cruz credo, a santa paz termina Rebentam a gaita a bochincho pelo carão de uma China (É isso tchê) (É isso tchê) (É isso que a gente qué) (No meio do chamamé) (Bochincho, trago e muié) No ramar do ferro branco, cheiro de ferro ensopado Parece até um raio guaxo quando cai no aramado Chinocas, guris e velhos se cambeiam pelos fundos E um nagão larga um berro parecendo o fim do mundo Um bagual de queixo atado, maneado e bufando no escuro Enxerga seu dono longe, entreverado ao ar puro Depois que tudo termina, de relaciona fico sabendo Que não mataram ninguém, só deu costura e remendo Eu tenho orgulho em viver, nesse pago de índio touro Chão vermelho Colorado, meu velho cerro do ouro