Alguns me chamam cambona Pros jujos do chimarrão Sou mais tosco que a chaleira Por fogonear no galpão Tenho orgulho em ser cambona Sou parte da tradição Eu fui cantil de carreta Farrapa em revolução Quem foi tropeiro em fronteira Quem rasgou campo e luar Quem fez pousada em fazenda Deu oh! De casa ao chegar Fez chá empoeirado em cambona Aquentou o peito a matear Passou pra diante o tropeiro Desatrelando a carona Prum missal bem galponeiro Changa xucra e redomona Caneca tosca de guerra Da labareda gaviona Sina grongueira do andante É fogonear co'a cambona Quem foi tropeiro em fronteira Quem rasgou campo e luar Quem fez pousada em fazenda Deu oh! De casa ao chegar Fez chá empoeirado em cambona Aquentou o peito a matear Aramado em corso à orelha Pra o manuseio do peão Empicumada e bem preta Da boquilha de um fogão No fumegar da saudade Mesclada à paia do peão Novo raio numa trempe A cambona é tradição