No entrevero de gaita e pandeiro Se acampa o gaitero a um bugio tocar Brotam asas nos dedos do taita Garroteando a gaita no seu balançar Nesta hora o fandango esquenta Rebolca nas ventas de quem vai dançar Polvadeira uma nuvem campeira A poeira que a bota levanta pro ar Se a cordeona balança ao tocar O Rio Grande se põe a cantar São gaiteiros que tocam bugio para nos animar O balanço do fole a marcar O compasso de se sarandear É bem fácil dançar o bugio Dois pra lá, dois pra cá Nos fandangos quem toca é o gaiteiro Um toque campeiro com cheiro de chão As chinocas no más sarandeando A peonada troteando a luz do lampião Me acolhero num passo de ganso E o pouco que danço me dá a razão Quem não dança o bugio não balança A essência gaúcha do nosso rincão