Queimando cobre em carreiras Amanhecendo em carpeteada São cavacos de um ofício Pra quem se criou na estrada Riscando espora em rodeios Domando tropa aporreada Quem quiser saber quem sou Me encontre numa tropeada Se tenho cheiro de terra E minha mão calejada Um chapéu de aba comprida Molhado da madrugada Se tenho sina de andejo Sem destino e sem parada Não trago amarras comigo A coxilha é minha morada Se escuto a vanera dessas candongueira De levantar poeira lá no meu rincão Tranco de cordeona, gaita resmungona Vai dando alegria pro meu coração A magia que vem do teclado Me tira da lida e sou fandangueador Corcoveando escuto um floreio Campeando um rodeio na estância do amor Na vanera me sinto um gaúcho Num toque de gaita pachola e campeiro É bueno o talento do taita E som que vem da gaita do velho gaiteiro