Levanto cedo e tomo um mate no galpão Com água quente e erva buena de primeira É seiva pura que corre aos troncos do peito Este é meu jeito de viver lá na fronteira Encilho o zaino e saio batendo na marca Pois sou monarca nesta estirpe de montar Levo as esporas dependurada no arreio Não levo freio, uso buçal pra domar Esta é a vida que eu sempre sonhei pra mim Cavalo e china nunca poderão ter fim Esta é a vida que eu sempre sonhei pra mim Lá na fronteira a nossa vida é assim Sábado à tarde não trabalho e só descanso A noite é curta para quem quer fandanguear Procuro gaita, pandeiro, violão e canha Pois na campanha tudo tem que aproveitar Domingo inteiro tiro pra curar ressaca Volteio as vacas de noitinha pro galpão Segunda-feira sigo batendo na lida Esta é a vida de quem se criou peão