Abraçado à Porto Velho Encontrei o Rio Madeira Tu eras o rio que seguia Que seguia em correnteza Na moldura, a ferrovia No instrumento, a poesia Se o destino é partir Qualquer terra é passageira A não ser aquela terra Nas margens do Madeira Na bagagem fotografias No terraço despedida Aquele pássaro da noite Cantou forte como disseste Quem diria que o silêncio Fosse na alma da gente O arvoredo, a revoada E os amigos das estradas Saudade saia daqui Que ninguém vai embora Porto Velho é ali Atrás daquela craviola