Agora eu chamo o Cordel do Fogo Encantado pra fazer um bem bolado no dom de palavriá Quem perde uma, perde duas, perde três, perde o fio da meada e não consegue mais voltar E nos meus versos eu castigo o que não presta, a canção é o que me resta entre o céu e o mar É Lua nova, minguante, crescente, cheia, a aranha faz sua teia e põe a mosca pra deitar Agora mesmo eu proponho um desafio, quero ver quem desce o rio num galope à beira mar Só na viola se consegue tal proeza, nado contra a correnteza e é só pra contrariar Então eu canto só falo nome de peixe, quero que você me deixe na função de improvisar É peixe-boi, mandi, jaú, bagre, pintado, pacu, tilápia, dourado, surubim, curimbatá Agora eu canto só falo nome de bicho quero ver o reboliço que isso pode resultar Anta, veado, paca, onça, capivara, coruja, cavalo, arara, jacaré, tamanduá Então eu canto só falo nome de rio quero vaia e assovio se por acaso eu tropeçar É Tietê, São Francisco, rio Madeira, Negro, Paranapanema, Amazonas, Paraná Agora eu canto só falo nome de fruta, na embolada não discuta, não pode língua travar Manga, melão, pitanga, figo, carambola, caju, coco, pera, amora, tangerina, guaraná Então eu canto falo nome de menina, essa é a minha sina mas não quero plagiar É Cláudia, Kátia, Daniela, Luciana, Sônia, Lu, Maria Silvana, Ana Cristina, Beá Palavriá, palavriá, palavriá, essa embolada funde o coco, o rap, o funk brasileiro Palavriá palavriá, palavriá, isso mistura Chico Science com Jackon do Pandeiro Palavriá, palavriá, palavriá, essa embolada funde o coco, o rap, o funk brasileiro Palavriá, palavriá, palavriá, Selma do Coco em Nova Iorque, James Brown em Juazeiro