O Sol que chega em meu catre me chama pra o mate a ser encilhado O galpão adormecido espera por rangido de tramela e basto O cusco ainda ressona sobre a carona costeado o borralho O galo em seu canto guerreiro demarca o terreiro e cisca entonado Em cada verso rimado simples imagens do pago Aos olhos vão florescer, aos olhos vão florescer Toda aurora é um retrato cheiro de campo e de mato Moldura do amanhecer, moldura do amanhecer Na silhueta de um mouro pratarias couro e badana de pardo No mangueirão de taipa porteira de vara e um palanque cravado No rodeio das pampas touro de estampa terneiro pesado Por de Sol veraneiro boieira e cruzeiro no céu estrelado Em cada verso rimado simples imagens do pago Aos olhos vão florescer, aos olhos vão florescer O ronco do mate amargo o pingo pastando ao lado Moldura do entardecer, moldura do entardecer