Já usei garão de potro, e até chiripá primitivo Eu fui um índio nativo, cavalgando pelas coxilhas Repontei muitas tropilhas, e hoje estou no retrato Fui valente maragato, na Revolução Farroupilha Fui um Sepé Tiarajú, contra soldado Espanhol Eu andei de Sol à Sol, do litoral até a serra Tive em todas as guerras, com a alma bem nativista E contra os federalistas, defendi a nossa terra Pinta o meu retrato, entre façanhas e glórias Pois até hoje eu vivo, sou a matéria dos livros Sou o Gaúcho da história Sou o Gaúcho das eras, tive em todos os tratados Eu sempre fui respeitado, mesmo contra minha mensagem Temiam a minha imagem, quando me viam na frente Defendendo minha gente, com todo fibra e coragem General Bento Gonçalves, discursando com dialeto Antônio de Souza Neto, que a história também pertence Minha gente pare e pense, fui taura de muita fé Eu proclamei em Bagé, a República Rio-grandense!